terça-feira, 28 de agosto de 2012

Um ataque sem piedade


Hoje em minha caminhada diária, fui surpreendida por um ataque físico brutal. Uma demonstração de posse e falta total de solidariedade.

Estava eu colhendo algumas amoras (quando passo por essa determinada árvore pego sempre quatro amoras, bem escurinhas, nada mais), quando um sabiá, muito egoísta e fominha, disparou um jato de fezes na minha testa. (prova fotográfica abaixo)

Não foi um evento casual, nem foi por medo que o pássaro disparou excrementos. Se fosse por medo, assim que me aproximasse da árvore ele teria voado, mas não. Na verdade, foi tudo premeditado.

Demorei algum tempo escolhendo as frutinhas, na ponta dos pés. Puxando um galho para baixo com uma mão e com a outra colhendo. Estava totalmente indefesa. Enquanto isso, ele mirava a bazuca com todo cuidado e disparava a merda toda, acertando em cheio minha testa.
Essa ave malévola e idiota é praticamente um “sniper”. Não erra uma! E ainda estava camuflado.

Não venha a Associação protetora dos animais ou os Amigos dos pássaros com diarréia, encher o meu saco, dizendo que estou usando de violência verbal contra um pobre e desassistido ser voador, ou dizer que detenho o poder econômico mediante a ave. Aceito apenas reprimenda de pessoas que tiveram suas cabeças cagadas e acharam tudo lindo e muito natural.

Depois do banho tomado, franja refeita e desse desabafo estou mais leve e tranqüila, quase achando divertido.

Mas... a propósito, alguém sabe onde vende bodoque (estilingue)?  Eu não ataco,
mas tenho que estar preparada para a defesa. Sei lá o que pode acontecer amanhã, quando eu entrar em território inimigo.

Na verdade não estou brava. Achei meio chatinho, mas acabou sendo legal. Deu até postagem.