quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A menina - Um conto curto de uma história muito longa


“Isso vai  ficar bom, muito bom.” Imaginava a menina de 7 anos, olhando fixamente uma robusta ave negra deitada na grande mesa de madeira. Enquanto isso, o corpulento cozinheiro estava de costas, preparando alguma outra deliciosa iguaria.

Ela sabia que para saborear o prato que estava sendo preparado, seria necessário roubar. Roubar um pedaço da ave assada, seria impossível, mas uma batata ela pegaria. Isso já estava decidido. Batatas capturam o sabor do prato principal. Ela também sabia que se fosse pega a surra seria enorme. As punições no castelo eram duras para os servos e ali crianças também eram servas.

Percorreu com o olhar a grande cozinha a procura da mãe. Localizou a esguia senhora debruçada  no caldeirão de sopa. Sua mãe era responsável pela comida dos servos. “A nossa comida não é ruim, mas a deles é tão melhor.” Pensar sobre isso causava um grande pesar na pequena. Observar o preparo, sentir os aromas e nunca poder saborear a comida dos senhores era uma tortura. Veja, mas não toque. Você não é suficientemente bom para essa comida. Por isso ela roubava. Roubava batatas. Já tinha sido pega algumas vezes. Alguns servos não se importavam, mas outros e principalmente o cozinheiro, batia com o que tivesse na mão. As dores e as marcas permaneciam, mas não eram maiores do que a vontade de comer o que era proibido.

Os dias eram quase tranqüilos na cozinha do castelo. Fora um acidente ou outro, uma surra ou puxão de cabelos. Tudo quase sempre transcorria igual, a não ser quando havia uma ocasião especial. Um jantar, uma festa. Então a cadela enlouquecida descia dos céus para infernizar, humilhar, deixar em agonia todas as criaturas que faziam parte do preparo.

Ela vinha com suas aias. Vinha sempre em lindos vestidos beges. O cabelo impecável, em arranjos que valorizavam o rosto magro e austero. Mas há tempos que a juventude e alegria tinham deixado aquela face. Se é que algum dia foi alegre, pode ter sido bela. Seu perfil tinha algo de chocante. O nariz era grande demais. Alguns servos a chamavam de cadela bicuda.

Ela não descia apenas em ocasiões importantes e quando isso acontecia era pior. Vez ou outra,  descia apenas para fazer xingamentos, gritar com os servos. Dizia que a cozinha era um chiqueiro e todos seus trabalhadores eram piores que porcos e cães. Ela agarrava a touca das servas e arrancava com ódio, dizendo que como podia a comida ser preparada por mulheres que deveriam estar trabalhando no puteiro, ao invés do castelo. Seus gritos eram estridentes e sua boca se tornava mais suja do que a dos soldados bêbados.

Diziam as arrumadeiras que suas crises de ira aconteciam logo após brigar com o Dom. As brigas ocorriam com alguma freqüência. As mulheres que trabalhavam no céu, comentavam que ele a chamava de arvore seca, senhora dos mortos, pois seu ventre expulsava apenas bebes mortos.

A menina permanecia escondida nas crises de raiva da senhora e ficava espantada ao observar que um terço estava sempre no pulso da irada mulher. Enquanto gritava, uma espuma branca surgia no canto de sua boca. Parecia um demônio. Como um demônio podia carregar um terço? Para essa pergunta  Isabeau nunca obteve resposta.

A senhora cadela bicuda sempre terminava seu discurso de impropérios da mesma maneira. “Vocês impuros,  nem pensem em tocar na comida do Dom. Eu deveria colocar um cocho, no meio da cozinha, para vocês comerem, como porcos que são.” Saia batendo os pés e espumando como uma cadela louca, carregando seu belo vestido, penteado perfeito, seu terço e principalmente todo seu ódio e infelicidade. “Será o Dom também assim?” pensava a criança que não sabia se sentia mais medo ou ódio daquela mulher.

Cintia Bordwell

Vulgar


Ela é vulgar.
Vulgar no olhar, no andar, no falar, no vestir, no pensar.
Vulgar como registra sua imagem em pixels.
Tão vulgar que seus poros transpiram suor, perfume barato e ansiedade.
Um composto nauseante.

Ela se diz feliz, simples, mas na próxima sentença desdiz.
Na tentativa de demonstrar uma complexidade inexistente.

Sua mente é rasa. Foi apenas fabricada para propagar a vulgaridade. Vulgaridade que grita nas
cores, no contorno da boca, nos agudos e graves que emite.

Sua vulgaridade está nas entranhas, impossível extirpar.

Vulgar está presente em todos nós. Se não explicito, está na sombra.
Se não reconhecido e assimilado, toma de assalto nossas atitudes.
A moça se transforma em nosso espelho.
Muitos a desprezam.
Eu a observo, na tentativa de compreender o vulgar em mim existente.
Pobre moça, criada apenas para ser vulgar e assim o meu desprezo toma o seu lugar.

(Artemísia Q.F.) 

sábado, 24 de novembro de 2012

Ardil


Talvez não exista liberdade para a consciência. Nenhum livre arbítrio.

Talvez essa conversa de fortalecer o ego, libertar a mente ou transcender, seja um ardil do poderoso inconsciente.

Um comandante poderoso porém desconhecido, é o mais forte. Seus inimigos não podem atacá-lo, sua identidade não é conhecida.

Lembro do Grande Friedrich Nietzsche. Mente brilhante, obra maravilhosa. Mas ele viveu o que  pregou? Infelizmente não! E não foi o único. Impossível  é encontrar alguém que tenha pregado a liberdade da mente ou da alma e tenha vivido de acordo com seu discurso. Exceto, é claro, na mitologia.

Falar, escrever, fazer arte pregando a liberdade é apenas um manifesto, que ninguém foi capaz de realizar. Somos todos hipócritas! Arrotamos iluminação, mas não temos coragem de encarar o verdadeiro mandatário. Desculpas racionais para motivações instintivas... É... somos bichos!

Não queremos ver nossa real natureza. Somos animais! Guiados por instintos naturais! Somos bichos com parafernália de alta tecnologia. Somos bichos, mas quando nos olhamos no espelho, vemos seres de luz.

Mas mesmo cegos e iludidos vamos vivendo. Para um dia, chegarmos às portas da morte como vermes que rastejaram a vida inteira e não chegaram a lugar algum, exceto à morte.

Huumm... Dramático! Um lado meu acha isso mesmo, e ainda com alguns palavrões. Agora, o outro... o outro acredita que um pássaro que almeja as estrelas, nunca conseguirá seu intento, mas voará mais alto do que qualquer outro. E viva a dualidade!

Fluxo


Quando interrompi o fluxo e percebi que não era meu real desejo, tratei eu mesma de restabelece-lo. Deixar novamente as aguas fluírem.
Alguns chamam isso de persistência, outros de teimosia e alguns de coragem.
Prefiro chamar de decisão-ação. 
Ter o desejo e tomar a decisão de segui-lo ou não é a máxima liberdade da consciência.

Artemísia quer falar

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Palavras


Eu gosto das palavras. Eu preciso das palavras. Mas você parece não se importar. Talvez por eu não falar. Talvez você nunca tenha feito as perguntas corretas. Talvez por você ser egoísta e não se importar. Talvez por eu ser exitante e não pressionar. Ou talvez... ainda não seja dessa vez.

Artemísia Q.F.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Espaço Azul - Confissões de um xamã


Viver entre dois mundos, esse foi o meu destino. O mundo físico e o Espaço Azul.
Não lembro de muitos detalhes, mas conheço a historia. Ela começa dentro da tenda ritualística, onde vivia. Sempre sentado no chão sobre tapetes e tecidos sagrados. Os que desejavam ser ouvidos se sentavam à minha frente, os gravemente doentes eram deitados ao meu lado, sempre o esquerdo.
Eu os ouvia, mas o importante era senti-los. Lembro-me de um índio adulto, forte, grande guerreiro que estava imóvel, como morto. Deitaram-no ao meu lado. Palavras não eram necessárias. Eu podia sentir que sua imobilidade vinha da mente, não do corpo. Respirando profundamente, alterando minha vibração, comecei a atrair a energia densa que paralisava o guerreiro. Era uma fumaça cinza com estrias negras. Coloquei-a para dentro e vibrei para o Espaço Azul.

Era azul por causa da Lua, uma lua jamais vista na Terra. Tão próxima, tão grande e luminosa. Ali o Sol não brilha. A noite é eterna. Não há escuridão. A Lua projeta a luz do Sol. Luz que é transformada quando refletida por ela. O Espaço Azul, acompanha a Lua. Essa dimensão pertence a ela.

Minha mente percebia os seres do lugar. Grandes espíritos vivem lá. O Lobo, a Águia, a Grande Serpente. Seres poderosos. Suas projeções na Terra são meras sombras. Sombras tênues, do seu imenso poder.
Deixei ali a fumaça do guerreiro. Seria transmutada e dirigida ao devido lugar.
O índio ficou curado, como quase todos na tribo ficavam. Na maioria dos casos, os problemas eram resolvidos com a imagem de uma planta ou bicho que surgia na minha frente, enquanto estava no Azul. Cogumelos, ervas, determinada carne de animal. Lá, eu percebia o que era necessário e como seria preparado.

Doei minha vida ao auxilio da tribo. Vivia mais no Espaço Azul do que na Terra.  Era o meu lar. Não tinha mulher, filhos, nem animais. O que possuía de mais próximo de um ser, era a ossada de um cavalo que eu usava na cabeça. Nela estavam presos  pele de urso e penas de aves. Pele e penas eram tingidas de negro, igualmente como minha capa de pele de búfalo, apenas a ossada era branca.
Eu era um ser único com aquela roupa. Não apenas um homem, mas um aglomerado de pedaços de seres,  um tipo diferente de ser . Era amedrontador. A vestimenta estimulava minha mente e das outras pessoas. Catalisava a energia de cura. Com a experiência as roupas ficaram desnecessárias, mas eu gostava de parecer diferente.

Tudo corria bem, até o dia que estando em transe, no meu querido Azul, fui trazido repentinamente pelos gritos do Grande Chefe. A tentativa de retorno ocorria aos pedaços. Ora via a grande cabeça do chefe, ora estava no Espaço. O retorno deve ser tranqüilo e gradual, mas os gritos daquele porco não permitiram. Quando finalmente voltei, senti sua saliva respingando no meu rosto. Quem era ele para me tratar daquela maneira? A batalha não foi vencida por eu não ter invocado os espíritos corretos? Idiota! Um homem que apenas sabe comer, cagar, guerrear e subir nas índias se sentia no direito de cuspir no líder espiritual. Um líder mundano gritando com o único da tribo que podia se comunicar com o Grande Espírito. O único que tinha acesso ao Espaço Azul. Homem ignóbil, porcaria de carne, vou fechar sua garganta, sem mover um músculo. E foi isso que fiz. Em determinado momento tive a opção de destrancar sua garganta. E se ele quisesse vingança? Eu sabia que não, mesmo se ele tentasse eu não seria pego. Quem atinge o  Azul desenvolve olhos energéticos por todo o corpo.
Eu sentia seu medo. Sentia que sua energia vital era controlada pela minha mente e pela primeira vez em minha vida de xamã, senti o sabor do poder. O poder de vida e morte. E eu gostei. Esse foi o meu grande erro.

Outro chefe veio, mas meu poder estava consolidado. Revivi rituais com  sacrifícios de animais que eu mesmo tinha proibido e nunca experimentado. Tudo pode e deve ser feito energeticamente. Catalisadores que geram sofrimento a outros seres, são desnecessários. Mas, o frenesi do poder, da absorção de outra energia vital era absolutamente inebriante. Continuei minha escalada insana. Sacrifiquei o mais belo e forte cavalo da tribo. Como lamento tal ato! Sou afortunado, esse é o único sacrifício que me lembro. 

Decidia quem iria ser curado ou não. Um curandeiro nunca, nunca deve diferenciar os auxiliados.

Em meu corpo apareciam chagas, principalmente nos braços. Essas eram rapidamente sanadas em minhas idas ao Espaço Azul. Mas o que eu não percebia ia se deteriorando silenciosamente. O Azul aceita aqueles que aprendem a vibrar sua dimensão, não diferenciando justos dos injustos.

E assim fui até a morte do meu corpo físico. Eu o vi retorcido, seco num canto do que um dia foi minha casa de cura. Desprezava aquele corpo, desprezava a tribo. Todos eram sombras mediante o meu poder.

Meu corpo sutil estava bem saudável e ainda faminto por poder, mas algo estava muito diferente. O meu querido Azul já não mais me aceitava. Uma parte do portal morrera com o corpo físico.

Percorri os quatro cantos a procura de homens que alimentassem minha fome por poder. Eu vinha por trás, encostava neles, sentia seus desejos, soprava em seus ouvidos, observava seus atos e saboreava a energia dos momentos de vitória.

Os brancos em suas roupas negras desejavam mais intensamente que os índios. Para eles coisas são coisas, animais são coisas, pessoas são coisas. Tive um verdadeiro transbordamento de sensações de posse, de subjugo. Eu era... um espírito obsessor.

Não tenho noção do tempo que permaneci assim. Um dia descobri que tudo era sempre igual. Não havia evolução, apenas estagnação. Decidi me libertar. Não tinha mais coração, mas algo pesava em mim. Peso no peito pode ser uma descrição para um espectro?

Não tinha desejo de voltar à tribo. Eu devia voltar aos animais. Esses, tão indefesos, mereciam minha doação. Fui para as planices.  Vi as manadas de búfalos, senti a força dos lobos, a agilidade da águia e ajudei. Percorria os campos auxiliando quem precisasse. Ajudava nos partos. Primeiro verificava a nova vida, depois cuidava da mãe. Elas sempre ficam exaustas. Minha principal lembrança é do parto de uma búfala enorme e forte. É bom recordar os carinhos que fiz naquele nobre animal. Eles percebiam minha presença.

Depois de auxiliar energeticamente animais, me senti preparado para  voltar a tribo. Voltei. Nada tinha mudado, apenas os rostos. Agia como nos campos, ajudando. Muitos rostos se foram e novos vieram. Por isso, acho que estive lá por um longo tempo. Alguns me viam ou percebiam e sempre se assustavam. Virei uma lenda. Um fantasma negro que assustava e auxiliava. Eu ainda me dava o direito a alguns caprichos. Gostava de ficar ao lado do caldeirão de comida. Vibrar de uma forma mais densa e sentir o aroma do alimento. Comer eu não podia. Sentir o cheiro era bom e não interferia na vida de ninguém.

Um dia, ao cair da tarde, na rotina da tribo, uma energia vibrando fracamente aguçou meus sentidos. Fui ter numa tenda, onde uma índia jovem dera a luz a um bebê fraco no corpo e forte na alma. A criança jazia em cima do ventre da mãe. Estava fraca. Seu corpo emanava uma luz branca e as vezes dourada. Naquele instante, soube o que deveria fazer. Aquele, se sobrevivesse seria um grande chefe. Eu doei toda energia do meu corpo sutil para o pequeno. Senti meu peito esvaziando, esvaziando, até não existir mais nada que me prendesse à Terra.

Eu tinha medo de ir para o Grande Espírito, afinal, tinha desrespeitado tudo o que me foi ensinado. Não há necessidade de medo. O entre vidas vai oferecer o que você realmente acredita que ele vai oferecer. No meu, fui recebido por pequenos seres dourados que limpavam uma espécie de corpo que eu possuía, até a luz dourada aparecer. Me juntei à minha grande consciência. Me dissolvi. Me reintegrei.
Agora fui destacado. Acordado dos mortos. Para que? Para contar minha história. Ela vai acreditar ou duvidar? Tanto faz. Sai da escuridão para acompanhá-la. Ela sou eu, me aceitando ou não.

Cintia M.B.Silva

Imagem aproximada. Fonte: Len's Shaman

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Olhares


Cada ser vivo percebe seu ambiente de uma maneira peculiar. Existem vários tipos de olhar.



Todas as fotos por Artemísia Q.F.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Fotos


Por trás de cada foto há uma intenção, uma emoção, do autor. Essa é totalmente dispensável, diante da emoção despertada no espectador. 


Todas as fotos por Artemísia Q.F.


domingo, 2 de setembro de 2012

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Um ataque sem piedade


Hoje em minha caminhada diária, fui surpreendida por um ataque físico brutal. Uma demonstração de posse e falta total de solidariedade.

Estava eu colhendo algumas amoras (quando passo por essa determinada árvore pego sempre quatro amoras, bem escurinhas, nada mais), quando um sabiá, muito egoísta e fominha, disparou um jato de fezes na minha testa. (prova fotográfica abaixo)

Não foi um evento casual, nem foi por medo que o pássaro disparou excrementos. Se fosse por medo, assim que me aproximasse da árvore ele teria voado, mas não. Na verdade, foi tudo premeditado.

Demorei algum tempo escolhendo as frutinhas, na ponta dos pés. Puxando um galho para baixo com uma mão e com a outra colhendo. Estava totalmente indefesa. Enquanto isso, ele mirava a bazuca com todo cuidado e disparava a merda toda, acertando em cheio minha testa.
Essa ave malévola e idiota é praticamente um “sniper”. Não erra uma! E ainda estava camuflado.

Não venha a Associação protetora dos animais ou os Amigos dos pássaros com diarréia, encher o meu saco, dizendo que estou usando de violência verbal contra um pobre e desassistido ser voador, ou dizer que detenho o poder econômico mediante a ave. Aceito apenas reprimenda de pessoas que tiveram suas cabeças cagadas e acharam tudo lindo e muito natural.

Depois do banho tomado, franja refeita e desse desabafo estou mais leve e tranqüila, quase achando divertido.

Mas... a propósito, alguém sabe onde vende bodoque (estilingue)?  Eu não ataco,
mas tenho que estar preparada para a defesa. Sei lá o que pode acontecer amanhã, quando eu entrar em território inimigo.

Na verdade não estou brava. Achei meio chatinho, mas acabou sendo legal. Deu até postagem.





quinta-feira, 19 de julho de 2012

Boy George - Victims

              "I Feel like a child on the dark night.
                Whishing there was some kind of heaven."                                                                                  
               "I Feel like a child on the dark night.
                 Whishing we could spend it together."


                                   

Amo Boy George, com voz rouca ou não.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O amor, segundo Jung


“O amor tem mais do que um ponto em comum com a convicção religiosa: exige uma aceitação incondicional e uma entrega total. Assim como o fiel que se entrega a seu Deus participa da manifestação da graça divina, também o amor só revela seus mais altos segredos e maravilhas àquele que é capaz de entrega total e de fidelidade ao sentimento. Pelo fato de isto ser muito difícil, poucos mortais podem orgulhar-se de tê-lo conseguido. Mas, por ser o amor devotado e fiel o mais belo, nunca se deveria procurar o que pode torná-lo fácil. Alguém que se apavora e recua diante da dificuldade do amor é péssimo cavaleiro de sua amada. O amor é como Deus: ambos só se revelam aos seus mais bravos cavaleiros.
Da mesma forma critico o casamento experimental. O simples fato de assumir um casamento experimental significa que existe de antemão uma reserva: a pessoa quer certificar-se, não quer queimar a mão, não quer arriscar nada. Mas com isto se impede a realização de uma verdadeira experiência. Não é possível sentir os terrores do gelo polar na simples leitura de um livro, nem se escala o Himalaia assistindo a um filme.
O amor custa caro e nunca deveríamos tentar torná-lo barato. Nossas más qualidades, nosso egoísmo, nossa covardia, nossa esperteza mundana, nossa ambição, tudo isso quer persuadir-nos a não levar a sério o amor. Mas o amor só nos recompensará se o levarmos a sério.  Considero um desacerto falarmos nos dias de hoje da problemática sexual sem vinculá-la ao amor. As duas questões nunca deveriam ser separadas, pois se existe algo como problemática sexual esta só pode ser resolvida pelo amor.  Qualquer outra solução seria um substituto prejudicial. A sexualidade simplesmente experimentada como sexualidade é animalesca. Mas como expressão do amor é santificada. Por isso não perguntamos o que alguém faz, mas como o faz. Se o faz por amor e no espírito do amor, então serve a um Deus; e o que quer que faça não cabe a nós julgá-lo pois está enobrecido.”
Civilização em Transição, uma das mais belas e esclarecedoras obras de Jung.
(Será que ele conseguiu praticar o que pregou?)

domingo, 8 de julho de 2012

Sentir

“Ele fala muito. Ela ouve em demasia. 
Até aí, tudo bem. 
O problema está em eles sentirem demais.” Artemísia QF




"Correto: Ser apenas uma leitora.
Errado: Sonhar em ser uma personagem."
 Artemísia QF




quinta-feira, 5 de julho de 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Meditação

Depois de aprender a meditar em um Templo Tibetano e ter algumas experiências na meditação, assisti o video que apresento abaixo.
Mesmo não sendo uma meditadora experiente, nele são apresentadas experiências que vivi.
Conversando com meditadores de longa data, percebi que esse video mostra muitas experiências reais.
Vale a pena assistir e praticar.
Boa Meditação!!!





                         

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Conheça os Cogumelos

Será que Papai Noel é uma Amanita Muscaria?

Documentário legendado. Tudo sobre cogumelos.
Cogumelos selvagens, cultivados, comestíveis, venenosos, medicinais, degradadores e cogumelos "mágicos". Com seus trippers e suas trips. Inserção de Terence Mckenna.

E ainda é divertido!




                           

quarta-feira, 27 de junho de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

Preto, Branco e Movimento


Um presente hoje cedo


Nunca tinha visto algo de um vermelho tão bonito e chamativo no meu jardim. 
Fotografei e pesquisei. 
Fiquei surpresa ao descobrir que era o cogumelo Amanita Muscaria.
Utilizado há milhares de anos por xamãs ao redor do mundo. 
Aparece em Alice no País das Maravilhas, Super Mario Bros e no filme Fantasia.
Ele é tão lindo que eu gostaria que durasse para sempre.









domingo, 24 de junho de 2012

O Deus de Baruch Espinosa - Para refletir

Baruch Espinosa ou Bento de Espinoza ou Benedito Espinoza (24 de novembro de 1632, Amsterdã - 21 de fevereiro de 1677, Haia) foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz.
Nasceu em Amsterdã, nos Países Baixos, no seio de uma família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno. Foi excomungado em 1656.

Este é o Deus ou Natureza de Espinosa:
                                                       

Se Deus tivesse dito:- Para de ficar rezando e batendo o peito!
- O que Eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
- Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Para de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias.
Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Para de me culpar da tua vida miserável.
Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria.
Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo.
Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho...  não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir.
Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Para de ter tanto medo de mim.
Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo.
Eu sou puro amor.
Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar.
                                       
Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre.
Não há prêmios nem castigos.
Não há pecados nem virtudes.
Ninguém leva um placar.
Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho.        Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tenha a certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não.
Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste. Do que mais gostaste? O que        aprendeste?
Para de crer em mim, crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Para de me louvar!
Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Aborrece-me que me louvem.
Cansa-me que agradeçam.
Tu te sentes grato?
Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Tu te sentes olhado, surpreendido?
Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas.
Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás.
Procura-me dentro, aí é que estou, batendo em ti.

Baruch Spinoza.

500 anos de projeção da anima na arte ocidental

Um video belo e sensível, mostrando 500 anos do retrato feminino no ocidente.
Em 90 imaxes, Philip Scott Johnson, repasa 500 anos de arte.
Música de Bach, interpretada por Yo-Yo Ma.

                       


*Anima e Animus, na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, são aspectos inconscientes de um indivíduo, opostos à persona, ou aspecto consciente da Personalidade. O inconsciente do homem encontra expressão como uma personalidade interior feminina: a Anima; No inconsciente da mulher, esse aspecto é expresso como uma personalidade interna masculina: o Animus. - Wikipédia



domingo, 17 de junho de 2012

Confiteor



"Confiteor Deo omnipotenti vobis fratres, 
quia peccavi nimiscogitatione,verbo, 
opere et omissione, mea culpa, mea culpa, 
mea maximaculpa"



                             



quinta-feira, 14 de junho de 2012

Lança


“Quem tem lança, lança.  Quem não tem… fica quieto e dança.”
(Artemísia Q.F.)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

"ERA ALARMISMO" - confessa um dos líderes da turma do "aquecimento global", James Lovelock. E a nossa grande mídia não noticiou.


A reação de organizações como o Greepeace e o World Wildlife Fund foi o silêncio puro e simples. Até a conclusão deste artigo, não era possível localizar qualquer coisa sobre o assunto no sistema de buscas nos sítios de ambas as entidades.
Uma notícia impressionante passou praticamente despercebida na mídia brasileira ao fim do mês de abril. A situação é ainda mais interessante quando se contrasta o destaque internacional que a mesma notícia obteve. O distinto leitor deseja uma prova? Vá até o Google, digite “James Lovelock” e veja quantas publicações nacionais destacaram a entrevista de 23/04/2012, em que Lovelock assume que as previsões sobre o aquecimento global revelaram-se alarmistas [1]. Poucas! Por outro lado, abundam as referências em língua inglesa sobre o assunto.
O leitor mais bem informado deve conhecer algo sobre Lovelock. Cientista de renome mundial, autor da “Hipótese Gaia”, pela qual o planeta se comportaria como um organismo vivo mediante uma complexa interação entre diversos de seus ecossistemas, elementos e fenômenos físicos. Lovelock foi também um dos próceres da ideia de que o aquecimento global era um problema iminente e algumas de suas previsões foram realmente apocalípticas. O artigo “A Vingança de Gaia” (também nome do livro sobre o assunto) – publicado em 16/01/2006 no “Independent”, cuja tradução saiu na Folha de São Paulo em 23/01/2006[2] – entre outras coisas, diz que:
Estamos num clima de loucos, resfriado acidentalmente pela fumaça, e antes do fim deste século bilhões de nós morreremos e os poucos casais férteis que sobreviverão estarão no Ártico, onde o clima continuará tolerável.
Dentre outras estimativas, Lovelock disse[3] que até 2020 as secas serão mais comuns, até 2040 o deserto do Saara invadirá a Europa, Berlim será tão quente quanto Bagdá e no final deste século a população planetária terá encolhido em mais de 90%.
Pois bem, tais previsões (ou suas variações) foram reproduzidas de maneira retumbante no Brasil. Pergunta-se então: Por qual intrigante mistério quase não é possível achar na mídia nacional as seguintes declarações (extraídas do primeiro artigo referenciado):
The problem is we don’t know what the climate is doing. We thought we knew 20 years ago. That led to some alarmist books – mine included – because it looked clear-cut, but it hasn’t happened.
Tradução: O problema é que não sabemos o que o clima está fazendo. Achávamos que sabíamos 20 anos atrás. Isto levou a livros alarmistas – inclusive o meu – porque parecia óbvio, mas não aconteceu.
The world has not warmed up very much since the millennium. Twelve years is a reasonable time… it (the temperature) has stayed almost constant, whereas it should have been rising -- carbon dioxide is rising, no question about that
Tradução: O mundo não aqueceu tanto desde o milênio. Doze anos é um tempo razoável... ela (a temperatura) ficou praticamente constante, enquanto deveria ter aumentado – o dióxido de carbono está aumentando, não há dúvida disto.
Tais linhas deveriam ter sido publicadas e traduzidas em profusão, mas somente vi tal coisa no blog de Reinaldo Azevedo. Conforme demonstrado no caso Trayvon Martin[4], não é possível manter-se bem informado do que se passa no mundo lendo apenas a mídia pátria.
A reação de organizações como o Greepeace e o World Wildlife Fund também foi o silêncio puro e simples. Até o fechamento deste artigo, não era possível localizar qualquer coisa sobre o assunto no sistema de buscas nos sítios de ambas as entidades. Claro que nada se compara à mídia brasileira, pois no âmbito internacional, a bolha de silêncio sempre é furada pela mídia independente. Ocorre que esta última é praticamente inexistente em nosso país.
É verdadeiramente impressionante a quantidade de informações sobre as mazelas do aquecimento global ao mesmo tempo em que há uma ocultação das diversas críticas à tese.

Vejamos algumas delas que são constantemente abafadas na mídia nacional:
1) Os gráficos do IPCC contradizem a assertiva sobre o crescimento econômico ser fato gerador do aquecimento global: O relatório de 2007 do IPCC aponta aumentos de temperatura a partir da década de 70, mas omite considerações sobre o fenômeno oposto ocorrido antes disso, conforme os gráficos do relatório. As áreas mais industrializadas no mundo (América do Norte e Europa) tiveram queda de temperatura nas três décadas de pós-guerra, época em que experimentaram um crescimento econômico gigantesco. É no mínimo estranho associar o aquecimento global ao aumento da atividade econômica ao mesmo tempo em que os próprios gráficos do IPCC apontam a elevação de temperatura a partir da década de 70, quando boa parte do planeta entrou em recessão por causa da crise do petróleo. Isto significa que – analisando os dados de 1950 até 2000, o mundo se resfriou num período de crescimento e começou a se aquecer num período de retração econômica. Isto é exatamente o oposto do que prega o dogma ambientalista;
2) Hiperestimação do aumento de temperatura: A despeito de todo o alarmismo, as análises do IPCC demonstram que no século XX (era da industrialização em massa), a temperatura do planeta subiu em média um grau. Ocorre que podemos identificar inúmeras outras eras em que a temperatura subiu além disto, como ocorreu na Baixa Idade Média (século XI a XV) na Europa, o que inclusive foi benéfico, pois gerou a Revolução Agrícola, bem como crescimento populacional (somente interrompido pela Peste Negra do século XIV);
3) Supressão de opiniões divergentes: O IPCC foi acusado de simplesmente ignorar não apenas ideias divergentes de fora, mas também de dentro. O caso mais emblemático foi do professor Paul Reiter do Instituto Pasteur, que em entrevista[5] relata a esdrúxula situação em que nome foi colocado como signatário do relatório do IPCC, mesmo contra sua vontade e sem levar em conta suas discordâncias.
4) Pressão política: O problema anterior está intimamente ligado a este. O IPCC não se compõe simplesmente de cientistas (embora comumente se alardeie isto), mas também de pessoas que jamais fizeram pesquisa científica na vida. Sem dúvida alguma os cientistas preponderam no Grupo de Trabalho I, porém são menos numerosos no Grupo de Trabalho II e são franca minoria no Grupo de Trabalho III. Na mesma entrevista anterior, Paul Reiter denuncia isto[6]. Note-se que o Nobel ganho pelo IPCC não foi um prêmio científico, mas sim o Nobel da Paz. Conforme explica a própria Academia Sueca de Ciências, diferentemente das láureas científicas, o vencedor do Nobel da Paz é escolhido por um comitê que não contempla cientistas entre seus integrantes (embora eventualmente isso possa acontecer). Rigorosamente falando, isto significa que as qualificações científicas do IPCC foram julgadas por pessoas que em sua maioria ou totalidade não são cientistas.
5) Inversão de causa e efeito na relação entre aumento de temperatura e emissão de dióxido de carbono: O documentário “Uma Verdade Inconveniente”  produzido e narrado pelo político norte-americano Al Gore relata as pesquisas em camadas de gelo no laboratório russo da base Vostok, na Antártida, que identificaram uma correlação entre aumento de dióxido de carbono e aumento de temperatura. A informação é verdadeira, porém distorcida na correlação, segundo alegam seus adversários no documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global”, em que aparece a entrevista de um dos pesquisadores do laboratório, que de fato confirma que o aumento de dióxido de carbono e temperatura estão ligados, porém não da maneira que se pensa. Segundo ele a correlação é invertida. É o aumento de temperatura que aumenta a concentração de dióxido de carbono, segundo as conclusões de suas pesquisas, sendo que isto ocorre num lapso longo demais (800 anos) e que séries temporais curtas (como as utilizadas pelo IPCC) nada esclarecem.
6) Hipervalorização do Elemento Antrópico: Como já dito, alterações climáticas podem ser resultantes de fatores naturais internos e externos. Alega-se comumente que estes estão sendo subestimados em face da superestimação do fator humano. Elementos naturais internos como a evaporação de oceanos e a decomposição vegetal produzem muito dióxido de carbono. Por outro lado, as manchas solares afetam a temperatura dos planetas de maneira muito impactante. Tanto é que o planeta já sofreu crescimento e queda de temperaturas ao longo de sua existência, sendo totalmente falso afirmar (como se faz com frequência) que nunca a Terra esteve tão quente, quando na verdade durante a maior parte de sua existência o planeta teve uma temperatura violentamente mais alta, sendo seu resfriamento algo recente.
Encerro aqui com um episódio pessoal. Na época em que defendi minha dissertação de mestrado em Direito Ambiental, expus essas diversas críticas às teses do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) sobre o aquecimento global. Um dos integrantes da banca – um eminente engenheiro florestal com PhD em Harvard – reclamou de minhas observações. Todavia friso que o mesmo demonstrou integridade acadêmica e em momento algum disse que as mesmas não deveriam constar do trabalho. Discordou, mas não censurou. Ao final fui aprovado, mas posso dizer que tive sorte. Nos dias de hoje, qualquer pesquisa sobre clima e meio ambiente que conteste as conclusões oficiais sobre o assunto corre o risco de ser solenemente discriminada e desprezada, tal como foi a  entrevista de James Lovelock no Brasil.
[4] Vide artigo de Walter Williams: “Desonestidade midiática e vigaristas raciais” publicado no MSM.
[6] ... this claim that the IPCC the world's top 1500 or 2500 scientists, you look at the bibliographies of the people and its simply not true. There are quite a number of non-scientists (é dito que o IPCC se compõe dos 1500 ou 2500 melhores cientistas do mundo, mas  você olha as bibliografias dessas pessoas e isto simplesmente não é verdade. Há um grande número de não cientistas.
Daniel Antonio de Aquino Neto é professor de Direito da Universidade do Estado do Amazonas
Mídia Sem Máscara - A virada de James Lovelock e a mídia brasileira